Relativo.

Eu sou o tipo de pessoa que é gentil com idosos, que agradece funcionários de super mercado, que trata os velhos amigos da família como se fossem realmente amigos. Me importo cada vez mais com pessoas desfavorecidas e choro toda vez que vejo um cachorrinho magro na rua.
Quando vejo os companheiros de bar que meu pai tinha lembro das bajulações e gracinhas que eles faziam para tentar me agradar, então hoje procuro ser agradável com eles e com os seus.
Eu sou o tipo de pessoa que fica realmente feliz pela vitória de alguém próximo (se ele/ela a merecer), que admira as pessoas justas e sua coragem.
Sou o tipo de pessoa que infelizmente guarda rancor por anos, que assiste o mesmo filme duas ou mais vezes e sempre conta o que vai acontecer para as pessoas, sinto ciumes de quem gosto e consigo esconder e negar o que sinto.
Minha sinceridade é descontrolada e muitas vezes falo mais do que devia, sem culpa, e ainda não sou capaz de entender porque a pessoa a quem me refiro está tão p*** comigo. Magoo as pessoas que sempre estão a minha volta sem perceber, mas acho que isso acontece com todo mundo, então não há porque pedir desculpas.
Sou o tipo de pessoa que quando sou reconhecida na rua como filha do José Luiz procura ser o mais agradável possível na esperança desta me falar um pouco sobre meu pai. Sinto-me recompensada quando dizem que ele era um bom homem. Não gosto de chorar quando lembro do meu pai porque é o único motivo real que eu tenho para chorar. Perto de outras pessoas então, nem pensar.
Consigo carregar uma angustia por semanas até que eu apareço na casa da Carol numa tarde e despejo tudo em cima dela aos prantos.
Eu sou o tipo de pessoa que é resistente a um estilo de música, que argumenta até o fim pra provar que eu estou certa, ou até vencer pelo cansaço.
Sou o tipo de pessoa que não espera nada de ninguém e que não acredita na recuperação total do homem (rs), a não ser de um e de uma. Consigo não me importar com alguém, da pior maneira que você consegue imaginar isso.
Sou extremamente exagerada e sempre acho que tudo que é meu e aqueles que me cercam são melhores que dos outros. Sou filha única e espero sempre que me compreendam, mesmo que eu não faça o menor sentido, porque eu sei que sou capaz de compreender as ideias mais absurdas.
Quando consigo que alguém faça alguma coisa que eu acho correto sinto-me a líder da matilha, sim eu sou persuasiva, não quanto eu gostaria de ser.
Sei dos meus defeitos, não são só os acima citados. Sei menos das qualidades, mas consegui citar as mais importantes e espero que quem eu considero não me decepcione tanto quanto eu posso suportar e me respeite mesmo quando me faltar a razão.


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Apendicite

Este post tem a finalidade de suprir a minha necessidade de reclamar.
No dia 05 de Fevereiro fui as pressas para o centro cirúrgico por conta de uma "apendicite vagabunda". A cirurgia foi tranquila, fora a parte em que descobri que sou alérgica a morfina no momento em que estavam aplicando a dosagem em mim. Tudo bem, tudo certo. Fui pro quarto sem dor, recebi váárias visitas, eu tinha certeza que estava tudo certo, que iria ficar de repouso uma semana e pronto. No dia seguinte já estava em casa, deitada como manda o protocolo. Mais tarde percebi que não podia levantar porque uma dor de cabeça surgia do nada, cefaleia pós raqui, o medo que eu senti de adquirir uma enxaqueca foi angustiante. Bebi muita água durante dois dias e mantive o repouso, nada adiantou, voltei ao hospital na segunda-feira onde enfiaram uma puta agulha na minha coluna e injetaram 20ml do meu próprio sangue mais medicamentos, tudo isso sentada sem anestesia, foi a pior dor que eu tinha sentido até então. Minha pressão caiu a 7/5, arrebentaram várias veias do meu braço. Voltei para minha casa chorando, com raiva e nervosa, sim a dor de cabeça passou.
Fiquei a semana toda deitada, quientinha, até que surgiram urticarias devida a alergia a morfina acima citada, fácil resolver, tomei meu anti-alérgico de praxe e passou. Passou, junto ao carnaval que eu mais um ano não pude ir. Tava tudo certo! Rancho em Delfinólpolis, três caixas de cerveja pra cada um e todo mundo ia rachar a compra , umas 12 pessoas.No meio da segunda semana de repouso minha cicatriz começou a ficar vermelha e inchada e eu tive febre três dias. Na sexta-feira dia 19 de Fevereiro lá estava eu no hospital novamente, aos prantos, morrendo de medo de ter que passar por procedimentos cirúrgicos novamente, não foi necessário e desta vez dispensei a anestesia. Foi feito uma compressa por um dreno, o médico me apertava e apertava e me machucava, mas eu quis sem anestesia, o que me restou foi chorar e segurar na parede e naquele suporte em que o soro fica pendurado enquanto a agulha ta no nosso braço sabe? Contorcia de dor, essa dor empatou com a anterior. Isso tudo sem falar na dor da apendicite, a causa de tudo, terrível.
Hoje, sábado, 20 de Fevereiro estou com um curativo na cicatriz, angustiada, ansiosa, e triste na essência da palavra. Quero voltar ao trabalho, à faculdade, preciso discutir meu tema de Iniciação científica, tenho que escolher um professor para me auxiliar no desenvolvimento do projeto, tenho que ir as festas dos bixos da Unesp e do FDF (brejo).
Espero que passe logo essa péssima fase, obrigado a quem me visitou, as amigas (os) de plantão no msn, a quem me ensinou a colocar o "I'm" da unicef no meu nick,
a quem disponibilizou uma tarde pra mim e a quem foi comprar pão de queijo pra eu me sentir melhor.


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