Mariana.

Eu sou a pessoa comum. Sou filha de um José e uma Maria, sou branca e tenho olhos e cabelos castanhos. Tive uma boa adolescência, tenho bons amigos e sou aparentemente uma pessoa fácil de lidar. Cometo erros comuns, tenho sonhos comuns, digo coisas comuns e faço coisas comuns. Tenho a pretensão de achar que sou diferente, especial, assim como todo mundo faz. Sou um número, sigo uma ordem e nego isso tudo até o último momento, assim como todo mundo faz.

Ainda não fiz nada grandioso, nem disse nada grandioso também. Como todas as pessoas do mundo gosto de tomar um porre e comentar sobre ele, acho que o “para sempre” ainda existe, apesar de já ter perdido uma pessoa muito importante: meu pai, este, em absoluto, não chegou perto de ser comum.

Assim como todas as pessoas do mundo quero me fazer especial para outras pessoas, nem que para isso eu quebre as normas da gramática. Faço Letras, e é o cúmulo uma pessoa comum escolher ser professora, é quase um pleonasmo, e mais comum ainda é uma futura professora usar a metalinguagem para se explicar.

Carrego a insegurança de meia dúzia de pessoas comuns, procuro músicas para dialogar, todas as minhas frases de conselhos parecem frases feitas. Com certeza um dia esse miniblog não existirá mais, porque como a maioria das pessoas comuns eu deixo as coisas pelas metades.



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td vale a pena.


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