Limites do altruísmo.

Pensei arduamente antes de escrever este texto, pensei tanto que ele nem é mais o mesmo. É de uma complexidade tão grande quanto o questionar do ser, se não é o mesmo.
A questão é 'Quais são os valores pré-estabelecidos para o auto conhecimento', é a imagem que os outros têm de você, somada a herança familiar e física; ou, a abstração de todos os fatores e a descoberta – ilusória - de um ser absoluto, sem fatores agregados.
É o que me coloca no lugar de um juiz, ou um 'Deus' que possui um julgamento e o poder para exercê-lo, mas todos estão contra a minha decisão. Isso só poderia interferir em uma coisa: minha vida.
Auto conhecimento não é julgar situações como aceitáveis ou não, pessoas aceitáveis ou não, atitudes aceitáveis ou não. É mais que um ponto de vista sobre si, é mais que respeito por você.
Afinal o que é? É, sim, a tática maleável do conformismo e paciência, apenas aceitar o próximo; a habilidade tamanha de aceitá-lo ao ponto de ver seu reflexo nele. Se ao conhecer alguém você já acha que é superior a esta pessoa, provavelmente está enxergando-a de um falso andaime. Um ângulo distorcido, como um espelho torto de circo.
Em nenhum momento disse que deveríamos todos amar plenamente o próximo, até seus erros e falhas – até porque seria muito divino, algo que estamos bem longe – não precisamos aceitá-los quando não somos aceitos, mas é preciso refletir sobre a imagem que está transmitindo.
Tem que decidir se você é a predisposta e obstinada Record, pensando em acumular o maior número de seguidores vazios de intelecto com contas bancárias exorbitantes, ou se está mais para um canal alternativo-cultural-focado que só quem realmente está interessado tem que chacoalhar a antena para ter acesso.
Um idealismo, boa vontade, paciência são fatores indispensáveis, outros alternativos são a prática da solidão e do silencio, assim como na meditação. Se quiser pode até usar um mantra: Om Nomah Shivaya... repetidas e infindáveis vezes. A solidão – não to falando daquela tristeza que corrompe, mas a opção de manter-se só por algumas horas, momentos dedicando-se a seus problemas e suas soluções para o mundo – é o fator mais importante na minha opinião. É um momento que não permite insegurança, afinal, se você sentir-se inseguro consigo é sinal que faz a mínima ideia de quem seja. Aí é melhor recomeçar, e aprender a amar novamente...


2 comentários:

Rocknaldo disse...

Palmas e mais palmas!!!Parabéns Mariana viajei distante no seu texto e ao mesmo tempo tão próximo ou quem sabe pra dentro...

Mariana. disse...

Fico realmente satisfeita, era a intenção. Pena q é uma minoria que tem esse 'poder' de viajar 'pra dentro' como vc msm disse, ainda existe uma grande resistencia na leitura.